Cor cítrica e cristalina e apresenta nariz profundo e complexo. Inicialmente com aromas minerais, lembrando a característica de fumaça das pedreiras; na segunda vez, após respirar, são encontradas notas frescas de fragrância do mar e algas marinhas, combinando com frutas como damasco ou pêssego. Na boca, apresenta-se explosivo, intenso, com muito carácter e, devido à sua acidez natural equilibrada, apresenta um vinho harmonioso, fino e complexo. O final é interminável, deixando uma sensação salgada aliada a notas de pólvora, como o aroma retronasal.
Vinificação: As uvas foram selecionadas manualmente com a ajuda de uma mesa de seleção e enviadas à imprensa, onde separamos a polpa suavemente das sementes e peles. O mosto resultante foi fermentado em aço inoxidável e parcialmente em barricas usadas da região da Borgonha “Puligny Montrachet” escolhida expressamente para este vinho. Após uma fermentação lenta, os dois vinhos foram combinados com um velho tanque de concreto (1962).
Desde cedo que Carlos Raposo percebeu sua ligação com a natureza e por isso aos 16 anos seguiu enologia e viticultura na escola CVR Bairrada.
Aos 20 anos de idade, partiu para França, onde estudou durante sete anos em Bordeaux e Borgonha, onde obteve a licenciatura em Viticultura na Universidade de Borgonha e o mestrado em Enologia na Universidade de Bordeaux.
Após a experiência mundo afora, passou por Espanha, Austrália e Estados Unidos, resolveu regressar a Portugal, onde começou a trabalhar com o Dirk Niepoort.
Em 2018, voltou às origens, criando o seu próprio projeto chamado Vinhos Imperfeitos. Carlos é natural da região do Dão, conhece muito bem o potencial da região e há muito que idealizou os vinhos que ali quer fazer. Vinhos brancos frescos, minerais, complexos, profundos e tintos com uma ponta de rusticidade, floresta e especiarias. Acreditando que a região do Dão é perfeita para este tipo de vinhos, pensando sempre no potencial de envelhecimento.