Apresenta uma textura suave e macia, com um nariz complexo e intenso de frutas secas, como avelãs, nozes e amêndoas, misturadas com aromas de tabaco e chocolate branco. Brilhante e claro, está pronto para beber uma vez engarrafado.
Vinificação: Os vinhos da mistura para este excelente e antigo Porto Tawny, emitidos a partir de uma longa lista de diferentes castas e locais ao longo do vale do Douro, amadureceram pacientemente durante uma média de 20 anos em barris de carvalho temperados.
A Quinta do Vale Dona Maria é uma propriedade situada junto à foz do Rio Torto. A sua história remonta a 1868 e teve associada a nomes como os Symington, que usavam as suas uvas para integrarem nas vintage Smith Woodhouse. Quando a família Van Zeller, pegou nesta quinta, encontrou-a quase em absoluto abandono, com cerca de 10ha de vinha velha. O trabalho de recuperação seria árduo, mas nada que afastasse Cristiano van Zeller desta tarefa árdua, ou não viesse ele de uma "escola" soberba, como a Quinta do Noval, da qual foi presidente. Os trabalhos foram sendo iniciados na recuperação da vinha e da das casas que quase estavam reduzidas a pó. Mas o que comandava Cristiano era aperceber-se dia após dia, que tinha ali uma pérola que tanto tinha para dar. Foram também adquirindo parcelas adjacentes à Quinta, até esta chegar aos 28ha de vinha. A colheita inaugural foi em 1996 e não mais parou de produzir grandes vinhos. Nos últimos tempos, os vinhos desta quinta, CV, Vale Dona Maria, e os os recentes Vinha do Rio e Vinha Francisca têm estado entre os melhores vinhos de Portugal para a Wine Advocate, a mais importante e prestigiada publicação de vinhos em todo o mundo. Na Quinta do vale Dona Maria são ainda produzidos os vinhos da gama Van Zellers, vinhos este que provêm de uvas compradas fora da Quinta, mas que pela sua qualidade, merecem ostentar o nome da família. Nestes, o tratamento profissional e o rigor é exactamente o mesmo que é depositado nos vinhos que provêm da quinta, não há facilitismos.