Cor rubi muito intensa. Aromas de fruta preta (ameixa, amora, cereja) em estado perfeito de maturação, com notas florais de violeta, flor de laranjeira, algum mentol e especiaria. Na boca é encorpado, com excelente estrutura de taninos, muito elegantes mas com alguma rusticidade, complementados por uma boa acidez que leva a um final longo, elegante e com frescura, contrabalançando bem o enorme poder da casta.
Vinificação: Vindima manual para caixas de 20 kg. Maceração pré-fermentativa a frio com pisa a pé durante 2 dias. Fermentação em cubas de inox com controlo de temperatura, longa maceração pós- fermentativa. Prensagem em prensa vertical.
Produtor | A Quinta do Mouro: Situada dentro da cidade de Estremoz, a quinta destaca-se pela sua beleza e pela sua história. Hoje, também pelos excelentes vinhos que produz. A construção apalaçada de arquitectura do séc. XVIII, possui estimáveis jardins, bosquetes, caramanchões, tanques e outras obras de arte do setecentismo. A Quinta esteve longos anos na posse da família Zagalo, que a usavam como casa de férias, infelizmente em 1974, na revolução de Abril, casa e quinta foram invadidas e levadas ao abandono. Foi assim que os antigos proprietários, cansados de despesas e tristes pelo abandono, resolveram colocar a quinta à venda no ano de 1979. Nesta altura, o actual proprietário, Miguel Louro, aventurou-se na escolha da sua compra. Estimulado pelo desejo de viver no campo, o seu fascínio pela quinta foi imediato, temos pois um dentista reconvertido em agricultor. Após uns primeiros anos difíceis com um rendeiro e oito famílias instaladas, vieram várias lides agrárias, como a produção de ovelhas e outros animais, um sem fim de ofícios que não lhe enchiam as medidas. Nos anos 80, Miguel Louro decidiu que havia de produzir o seu próprio vinho.