Aroma complexo de frutos maduros e chocolate negro. Palato macio e acidez equilibrada com toques especados Final quente e envolvente.
Polémico, irascível, avesso a normas e sem medo das palavras, o produtor alentejano Miguel Louro encara o vinho como um desafio permanente. Agora, pegou em quatro erros cometidos na sua adega para fazer quatro vinhos fora da norma: Erro 1, Erro 2, Erro 3 e Erro B (branco). Os Erro 1 e Erro 2 nasceram de uma conta mal feita. Quando estavam a engarrafar os lotes do Quinta do Mouro e do Rótulo Dourado (o topo de gama da casa) de 2010, Miguel Louro e Susete Buinho deram conta que havia barricas que tinham ficado esquecidas. O que fazer? Aproveitar o erro. Com essas barricas, Miguel Louro fez dois lotes – o Erro 1, com 1200 garrafas, e o Erro 2 com cerca de 2000.
Produtor | A Quinta do Mouro: Situada dentro da cidade de Estremoz, a quinta destaca-se pela sua beleza e pela sua história. Hoje, também pelos excelentes vinhos que produz. A construção apalaçada de arquitectura do séc. XVIII, possui estimáveis jardins, bosquetes, caramanchões, tanques e outras obras de arte do setecentismo. A Quinta esteve longos anos na posse da família Zagalo, que a usavam como casa de férias, infelizmente em 1974, na revolução de Abril, casa e quinta foram invadidas e levadas ao abandono. Foi assim que os antigos proprietários, cansados de despesas e tristes pelo abandono, resolveram colocar a quinta à venda no ano de 1979. Nesta altura, o actual proprietário, Miguel Louro, aventurou-se na escolha da sua compra. Estimulado pelo desejo de viver no campo, o seu fascínio pela quinta foi imediato, temos pois um dentista reconvertido em agricultor. Após uns primeiros anos difíceis com um rendeiro e oito famílias instaladas, vieram várias lides agrárias, como a produção de ovelhas e outros animais, um sem fim de ofícios que não lhe enchiam as medidas. Nos anos 80, Miguel Louro decidiu que havia de produzir o seu próprio vinho.