Profunda cor castanha com laivo esverdeado. Nariz complexo e poderoso, dominado pela presença marcante de frutos secos e especiarias, conjugados com um subtil e requintado apontamento de baunilha. Na boca, apresenta-se concentrado, sedoso e envolvente. Um vinho com uma estrutura irrepreensível, grande caráter e final apoteótico.
Vinificação: Colhidas à mão no seu ponto ótimo, as uvas são desengaçadas, esmagadas e vinificadas segundo um processo que assenta numa cuidada maceração com extração de cor, taninos e aromas das películas, complementado por permanentes remontagens durante a fermentação. Esta decorre em lagares, a uma temperatura controlada entre os 28-30ºC, até atingir o grau Baumé desejado. Nesta fase, procede-se à adição da aguardente vínica (benefício), dando origem a um vinho fortificado. Vinho de elevada qualidade, obtido por lotação de vinhos de colheitas de diversos anos, de forma a adquirir-se uma complementaridade de características organoléticas típicas deste estilo de tawny de idade. Estagia em madeira durante períodos de tempo variáveis, nos quais a idade mencionada no rótulo corresponde à média aproximada das idades dos diferentes vinhos participantes no lote, expressando o carácter do vinho no que respeita às características conferidas pelo envelhecimento em casco.
Produtor | Burmester : A História desta empresa começa em 1730 quando Henry Burmester e John Nash fundaram a Burmester & Nash em Londres, na altura dedicada ao comércio de cereais. Só em 1750, já em Vila Nova de Gaia, iniciam a comercialização de Vinho do Porto através da sua exportação Europa e Ilhas Britânicas. Em 1822 Frederick Burmester tornou-se um conceituado membro da colónia inglesa em Portugal, sendo Treasurer da Factory House no Porto, para além de desenvolver negócios na capital inglesa, como sócio fundador do Westminster Bank. De entre os 12 irmãos, John William, também dedicado ao meio financeiro, foi fundador e director do London County Banking Company. Frederick Burmester foi obrigado a abandonar Portugal devido às invasões napoleónicas sem deixar descendentes directos. Mais tarde, em 1834, Johann Wilhelm Burmester, um parente afastado vivendo em Hamburgo, é convidado a assumir os negócios do Vinho do Porto, mudando a razão social da companhia para J.W. Burmester & Cª, em 1880. A Burmester ainda passa por propriedade da Amorim, até ser adquirida pelo grupo Sogevinus, actual proprietário da Burmester. Podemos considerar a Burmester como um especialista em colheitas, com magníficos colheitas que tem ao seu dispor e que vem lançando regularmente. Ainda assim os seus Porto Vintage são de uma excelente qualidade, mostrando o seu esplendor em grandes anos vintage.