Cor citrina, um aroma frutado persistente, fino e complexo. Na boca, são macios, secos, complexos e equilibrados.
Vinificação: Produzido a partir de uma selecção das castas Arinto e Antão Vaz plantadas nas vinhas da Fundação Eugénio de Almeida. Quando as uvas atingem o estado de maturação ideal são colhidas e transportadas para a adega, onde se inicia o processo tecnológico: desengace total e ligeiro esmagamento, prensage, arrefecimento e clarificação do mosto. Uma parte do lote fermenta em depósito de aço inox, fermentando a outra parte em barricas de carvalho francês, à temperatura controladam de 16ºC. Após a fermentação segue-se um estágio, sobre borras finas com batonnage periódica durante 12 meses. Por fim, procede-se a filtrações, loteamentos, estabilização tartárica e proteica, filtração final e engarrafamento a que se segue um estágio final de 6 meses em garrafa.
Historia | Pêra Manca : De acordo com a tradição, o nome de Pêra-Manca deriva do toponímico “pedra manca” ou “pedra oscilante” – uma formação granítica de blocos arredondados, em desequilíbrio sobre rocha firme. Reza a história que a tradição do vinho Pêra-Manca remonta à Idade Média. Reza também a história que por volta de 1365, Nossa Senhora terá aparecido em cima de um espinheiro a um pastor. Alguns anos depois, foi edificado um oratório em sua honra e em 1458, dada a crescente importância do local como ponto de peregrinação, uma igreja. A posterior fundação de um Convento, que viria albergar a Ordem de S. Jerónimo seguiu-se-lhe. E, nos séculos XV e XVI, os vinhedos de Pêra-Manca eram propriedade dos frades do Convento do Espinheiro. Em 1517, os frades do Convento do Espinheiro foram obrigados a arrendar esses vinhedos – por ser muito dispendioso o seu trato – a Álvaro Azedo, escudeiro do Rei e a sua mulher, Filipa Rodrigues. Deles, fala D. João II, numa carta à Câmara de Évora. A fama do Pêra-Manca permitiu que acompanhasse muitas naus da Índia no tempo dos Descobrimento. Foi ainda este o vinho que Pedro Álvares Cabral transportou em suas naus quando chegou ao Brasil. Foi recuperado no século XIX pela próspera Casa Soares, propriedade do Conselheiro José António d'Oliveira Soares, que o transformou num vinho sofisticado. Contudo, na sequência da crise filoxérica, a Casa Soares deixou de produzir o Pêra-Manca. Foi o herdeiro da extinta Casa Soares, José António de Oliveira Soares, quem, no ano de 1987, ofereceu o nome à Fundação Eugénio de Almeida, que passou a utilizar como rótulo a adaptação de um cartaz publicitário desenhado por Roque Gameiro.