Cor vermelho acastanhado no centro com bordo mais alaranjado. No nariz, somos transportados para uma dimensão onde tudo é ao mesmo tempo complexo, fino e equilibrado: especiarias, fruto vermelho (ameixas), chocolates e leve tostado com notas de frutos secos e caixa de charutos. O palato confirma apenas o que se espera: elegante, macio, com taninos sedosos que se ligam bem a uma acidez, que transmite ao conjunto grande frescura e prazer. Final persistente, muito agradável
Notas do Produtor : A segunda geração da família Niepoort, no final do século XIX, teve a feliz ideia de adquirir a uma vidreira alemã de Oldenburg cerca de 4000 garrafões soprados, de vidro verde-escuro, de capacidades variadas entre 8 a 11 litros, a que hoje chamamos “demijohns”. O filho de Eduard Niepoort, Eduard Marius van der Niepoort, avô de Dirk, deu destino aos demijohns e engarrafou os melhores vinhos da vindima de 1931, tendo assim criado o tipo “Garrafeira Niepoort”. Desde o longínquo ano de 1931 até aos nossos dias, a maturação nos demijohns selados com rolha de cortiça é vigiada atentamente, sendo um ritual quase “sagrado” para as famílias Niepoort e Nogueira. Garrafeira não é só um vinho, também significa qualidade muito acima dos cânones tradicionais. O Porto Garrafeira é um estilo de Porto único e muito especial. Na prova, revela-se uma enorme mistura de sensações, aromas e sabores com um perfeito equilíbrio entre juventude e experiência, entre a novidade da fruta e a «boa velhice» que só os longos anos de estágio podem conferir.
Produtor | Niepoort : No panorama vínico nacional não existe produtor mais consensual que a Niepoort. A longa história desta casa inicia-se em 1842 e com o primeiro Van Der Niepoort a chegar a Portugal. Começou por ser um negociante de Vinho do Porto e cedo tornou o seu negócio, num negócio próspero que iria facilitar, e muito, o trabalho das gerações vindouras. Na 5ª geração, nasce Dirk Niepoort, um personagem incontornável no mundo dos vinhos, reconhecido como uma das mais importantes personagens que trabalhou, e trabalha, em prol do vinho português. Colaborou com várias dezenas de produtores, ajudou-os a melhorarem os seus vinhos, a compreenderem as suas vinhas.
Sendo um empresa familiar independente há mais de século e meio; cinco gerações sucederam-se à frente da Niepoort desde que Franciscus Marius Niepoort fundou a empresa em 1842. Quase sempre, duas gerações trabalharam lado a lado durante longos anos, contribuindo para uma transição bem sucedida. Neste momento, pomos os olhos com entusiasmo na futura sexta geração, antecipando uma colaboração estreita.
A quinta geração: Eduard Dirk Niepoort e Verena Niepoort. Dirk está à frente da empresa desde a reforma formal de Eduard Rudolph Niepoort, em 2005. Dirk, nascido em 1964, descobriu o mundo do vinho durante os seus estudos na Suíça. Em 1987, Dirk juntou-se ao seu pai, Rolf Niepoort, na empresa familiar e foi desafiado a inovar, mantendo as boas tradições. O primeiro passo importante foi a aquisição de vinhas próprias: a Quinta de Nápoles e a Quinta do Carril no Cima Corgo, uma região que tradicionalmente produz os melhores Vinhos do Porto. Foram plantados de novo 15 hectares de vinhas, e 10 hectares de vinhas com 60 anos foram cuidadosamente mantidos. Ser proprietário de Quintas e vinhas no Douro foi um passo importante para a produção de Vinho do Porto e para a criação dos primeiros vinhos não fortificados Niepoort. A paixão de Dirk pelos vinhos, o respeito humilde e a curiosidade pelo terroir do Douro definiu o espírito da Niepoort nas duas últimas décadas e é uma inspiração constante para a equipa. A irmã de Dirk, Verena, juntou-se à empresa, enquanto directora executiva, em 2005.
Hoje em dia, Dirk Niepoort colabora em muitos outros projectos, em praticamente todas as regiões de vinho nacionais e algumas estrangeiras.