Bonita cor vermelha de ligeira concentração. No nariz, apresenta aromas de frutos vermelhos, como o morango e a framboesa e ligeiras notas de engaço maduro. Vibrante e muito expressivo, tem um fino recorte que nos lembra a Borgonha. Na boca, compacto apesar da sua leveza, sendo fresco e muito sedutor, com taninos muito sedosos e envolventes, fruta e notas de especiaria típicas desta casta. Termina muito longo, com um excelente equilíbrio e deixa-nos o palato muito fresco.
Vinificação: Depois de um ciclo vegetativo consideravelmente frio e húmido até Julho, parecia que a vindima estaria bastante atrasada. No entanto, o final de Julho e o mês de agosto, no Douro, foram secos e quentes, permitindo que o processo de maturação recuperasse o atraso. Em Vale de Mendiz, a vindima começou a 12 de Setembro, mas com uma certa heterogeneidade no que respeita à maturação das uvas, em todas as vinhas. As fortes chuvas que caíram a 13 de Setembro forçaram-nos a parar, o que acabou por ser útil, uma vez que permitiu que as uvas atingissem a maturação total durante as semanas seguintes.
A vindima prosseguiu em condições muito favoráveis com noites frias. As últimas uvas foram colhidas a 14 de Outubro. O míldio na região, originou uma quebra na produção de cerca de 30%, mas os baixos rendimentos e as boas condições meteorológicas concentraram os frutos. Algumas parcelas foram vinificadas desde cedo, originado, vinhos muito interessantes.
Produtor | Niepoort : No panorama vínico nacional não existe produtor mais consensual que a Niepoort. A longa história desta casa inicia-se em 1842 e com o primeiro Van Der Niepoort a chegar a Portugal. Começou por ser um negociante de Vinho do Porto e cedo tornou o seu negócio, num negócio próspero que iria facilitar, e muito, o trabalho das gerações vindouras. Na 5ª geração, nasce Dirk Niepoort, um personagem incontornável no mundo dos vinhos, reconhecido como uma das mais importantes personagens que trabalhou, e trabalha, em prol do vinho português. Colaborou com várias dezenas de produtores, ajudou-os a melhorarem os seus vinhos, a compreenderem as suas vinhas. Hoje em dia, Dirk Niepoort colabora em muitos outros projectos, em praticamente todas as regiões de vinho nacionais e algumas estrangeiras.