Cor intensa, cereja escura com reflexos rubi. Nariz maduro e intenso, vinoso, onde se destaca o perfume de ameixas e de frutos silvestres; após agitar transformam-se em complexas notas balsâmicas. Em boca é concentrado, com estrutura compacta, taninos sedosos e bem afinados. Na sua complexidade destacam-se notas de amoras e alcaçuz.
Vinificação: as uvas, vindimadas manualmente em caixas de 150 quilos de capacidade, são esmagadas e desengaçadas para depois fermentarem em lagares de granito e em cubas de inox, onde prolongamos a maceração o tempo necessário para conseguir um vinho com o corpo e a estrutura desejados. após a fermentação maloláctica, 20% do vinho estagia em cascos de carvalho francês, 30% em tonéis e o restante fica em cubas de inox durante 12 meses. O vinho foi engarrafado em abril de 2019.
Produtor | Ramos Pinto: Fundada por Adriano Ramos Pinto em 1880, a Casa Ramos Pinto depressa se fez notar pela sua estratégia de inovação e pioneirismo. Associada a vinhos engarrafados de qualidade, implantou-se no mercado brasileiro no início do século XX e rapidamente se tornou responsável por metade do vinho exportado para a América do Sul, enquanto ia conquistando gerações de fiéis apreciadores em Portugal e na Europa. Estas foram consequências naturais de uma estratégia de vanguarda, apoiada na modernização dos circuitos de selecção, lotagem e envelhecimento, na investigação vitivinícola constante e no especial cuidado que Adriano Ramos Pinto dedicou à embalagem e promoção dos seus vinhos. Os vinhos Ramos Pinto tornaram-se, assim, uma referência de qualidade.
Deste apaixonante percurso nasceu uma colecção única de objectos de arte, hoje expostos na Área Museológica – Casa Ramos Pinto, recentemente inaugurada. O gosto pela cultura, incutido por Adriano Ramos Pinto na filosofia de actuação da Casa Ramos Pinto, mantém-se até aos nossos dias. Já em 1997, a Casa Ramos Pinto criou o Museu de Sítio de Ervamoira, destinado à investigação ambiental, enológica, arqueológica e antropológica do Vale do Côa. Existe ainda à disposição dos investigadores um Arquivo Histórico, em Vila Nova de Gaia, com um precioso acervo documental sobre a produção e exportação de vinhos desde as últimas décadas do século XIX.
Ciente de que a qualidade dos seus vinhos começava a ser delineada na terra mãe do Douro vinhateiro, a Casa Ramos Pinto perscrutou meticulosamente esta Região Demarcada, acabando por se tornar proprietária de quintas com características muito especiais, com o fim de alcançar o objectivo de assegurar o controlo e a qualidade de todo o processo de produção. Aprimorando os seus vinhos, a Ramos Pinto criou néctares únicos, com assinatura própria.
Em 1990, a Casa Ramos Pinto passou a integrar o Grupo Roederer, cuja história tem características idênticas. As qualidades que deram fama à Casa Ramos Pinto ganham assim uma maior dimensão internacional.