Cor rubi profunda e aroma intenso e muito complexo. No nariz, destacam-se os frutos secos como a amendoa e a avelã, as notas florais de alfazema, as balsâmicas a cedro e um ligeiro aroma mentolado. Sobressaem ainda as especiarias, fruta preta, algumas notas arbustivas e uma madeira de grande qualidade. Na boca, evidenciam-se as notas florais e de frutos pretos. É um vinho volumoso e suave ao mesmo tempo, com taninos vivos e muito bem integrados, com um final de grande elegância e longevidade.
Vinificação: Vinificado na adega da Quinta da Leda, a partir de uvas provenientes de parcelas existentes na quinta e que apresentem maturação pujante, conduzindo a maiores concentrações aromáticas e polifenólicas. Após desengace total e esmagamento suave, as uvas são encaminhadas para as cubas de inox ou lagares, onde se processa a maceração e a fermentação alcoólica. A maceração é adaptada a cada casta, utilizando-se o controlo de temperatura e as remontagens de acordo com as caraterísticas qualitativas de cada uma.
A Casa Ferreirinha e os seus vinhos são sinónimos de tempo e de arte. Assim acontece desde a sua fundação, no século XVIII, pela mão de Bernardo Ferreira, que viu a fórmula refinada pelos descendentes, especialmente por sua neta Dona Antónia Adelaide Ferreira, que carinhosamente ficou conhecida por "Ferreirinha" ou "Ferreirinha-da-Régua" pelas gentes da sua terra. Pelas mãos de Dona Antónia, que duas vezes viúva se viu à frente de uma grande empresa, a Ferreira consolidou-se de forma admirável. O seu espírito empreendedor ensinou-a a prever, decidir, criar, ensinar e amar, tornando-a numa figura de grande projeção e carisma.