Aspeto Limpido e cor rubi defenida com nuances vermelhas. Aroma fino e elegante, sugerindo frutos pretos, compota e chocolate branco. Sabor macio, com ligeira adstringência, equilibrado, notando-se um frutado maduro, com taninos suaves mas estruturados, e uma elegancia no final de prova.
Com uvas das castas mais típicas do Alentejo, produzidas na sub-região de Borba, se elaborou o vinho Rótulo Cortiça, um ver dadeiro ex-libris da Adega de Borba. Pr ovenientes de vinhas velhas, as uvas tiv eram um rig or oso contro-lo na evolução da maturação, tendo sido vindimadas em pequenas quanti-dades. Na Adega, a pós o desengace e esmagamento suave da uva, iniciou-se a f ermentação alcoólica que se prolongou por cerca de 10-15 dias com a temperatura controlada a 24ºC, para maior extração dos aromas e sabores frutados da uva. Para aumentar a complexidade polifenólica, os taninos e a estrutura do vinho, este permaneceu em cuba num processo de maceração pós-fermentativa. A fermentação malolática ocorreu posteriormente em recipientes de inox. Para enaltecer e elevar as suas características organoléticas, o vinho estagiou 12 meses em barricas de 3.º e 4.º ano, de estágio de 6 meses em garrafa em cave.
Produtor | Adega de Borba: No dia 24 de Abril, o Conselho da Associação Agrícola de Borba convidou um grupo de produtores de vinho para se reunirem e discutirem a possibilidade de criar a Adega de Borba. No dia 30 de abril de 1955 entrou em vigor o primeiro Conselho da Cooperativa Adega de Borba.
Fundada em 1955, a Adega de Borba foi a primeira de uma série de vinícolas instaladas na região do Alentejo, promovidas e ajudadas pela Junta Nacional do Vinho, uma organização pública que controlava e supervisionava a produção de vinho em Portugal numa época em que o vinho a produção não teve muito peso na economia da região. De facto, se não fosse esta promoção levada a cabo por uma organização estatal que permitisse a criação de uma organização comercial e produtiva para os vinhos do Alentejo, a cultura da vinha teria desaparecido desta região, uma vez que todos os incentivos eram então atribuídos. à produção de cereais. O Alentejo como “celeiro” de Portugal era uma ideia que já estava implementada na mente das pessoas naquela época.