Aspecto cristalino, cor citrina, a limão. Aroma cheio, intenso a frutos tropicais maduros e baunilha. De sabor aveludado, com estrutura e frescura, frutos citrinos e ligeiro mel especiado a predominar. Vinho harmonioso, longo e de grande equilíbrio.
Vinificação : As castas brancas recentemente introduzidas nos encepamentos da região Alentejo, demonstram neste vinho as suas características enológicas para produção de vinho de qualidade na região de Borba. As uvas provenientes de vinhas com produtividade moderada permitem obter um vinho fresco, equilibrado e com estrutura. A vindima executou-se manualmente e na parte da manhã para que a temperatura da uva à entrada na adega seja óptima. As uvas foram transportadas em pequenas quantidades.
Após o esmagamento e desengace total das uvas, procedeu-se a uma ligeira maceração pelicular seguida de prensagem, decantação pelo sistema de frio durante 24 horas e fermentação alcoólica, 30% do vinho em barrica de carvalho francês e americano, com rigoroso controlo de temperatura a 15ºC. Após estágio, estabilização e ligeira filtração, seguiu-se o engarrafamento.
Produtor | Adega de Borba: No dia 24 de Abril, o Conselho da Associação Agrícola de Borba convidou um grupo de produtores de vinho para se reunirem e discutirem a possibilidade de criar a Adega de Borba. No dia 30 de abril de 1955 entrou em vigor o primeiro Conselho da Cooperativa Adega de Borba.
Fundada em 1955, a Adega de Borba foi a primeira de uma série de vinícolas instaladas na região do Alentejo, promovidas e ajudadas pela Junta Nacional do Vinho, uma organização pública que controlava e supervisionava a produção de vinho em Portugal numa época em que o vinho a produção não teve muito peso na economia da região. De facto, se não fosse esta promoção levada a cabo por uma organização estatal que permitisse a criação de uma organização comercial e produtiva para os vinhos do Alentejo, a cultura da vinha teria desaparecido desta região, uma vez que todos os incentivos eram então atribuídos. à produção de cereais. O Alentejo como “celeiro” de Portugal era uma ideia que já estava implementada na mente das pessoas naquela época.